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Redes e Parcerias

MUSEU DE MÉRTOLA

O trabalho dos museus não pode alhear-se de relações com outras unidades museológicas e do desenvolvimento de ações e de projetos de âmbito regional, nacional e internacional. Neste sentido e com o objetivo de alargar o seu âmbito de atuação, o Museu de Mértola integra diversas redes e desenvolve parcerias e colaborações com instituições públicas e privadas.

Rede Portuguesa de Museus (RPM)

Rede Portuguesa de Museus

A Rede Portuguesa de Museus (RPM), criada em 2000, é um sistema organizado de museus baseado na adesão voluntária, configurado de forma progressiva e que visa a descentralização, a mediação, a qualificação e a cooperação entre museus. A RPM tem como objetivos:

- A valorização e a qualificação da realidade museológica nacional;

- A cooperação institucional e a articulação entre museus;

- A descentralização de recursos;

- O planeamento e a racionalização dos investimentos públicos em museus;

- A difusão da informação relativa aos museus;

- A promoção do rigor e do profissionalismo das práticas museológicas e das técnicas museográficas;

- O fomento da articulação entre museus.

O Museu de Mértola integra a RPM desde 2002 e, neste âmbito, tem desenvolvido algumas ações nomeadamente, a formação e qualificação dos seus técnicos e o desenvolvimento de projetos nas áreas da investigação, da divulgação e da conservação preventiva.

Rede de Museus Rurais do Sul

O conjunto de museus rurais existentes no Alentejo e Algarve é hoje uma mais valia extraordinária para a região e um elemento mais para a diversificação da oferta e a dignificação das comunidades onde se inserem. No entanto, perante a realidade social, económica e funcional dos dias de hoje, torna-se urgente o trabalho em parceria para que a oferta seja de mais diversidade, mais qualidade e em torno de temas mais abrangentes e ais universais.

Criada em 2015, esta Rede integra informalmente o Museu da Ruralidade (Entradas – Castro Verde), o Núcleo Museológico de Alcaria dos Javazes (Mértola), o Museu Rural de Pias (Serpa), o Museu Arqueológico e Etnográfico de Santa-Clara-a-Nova (Almodôvar), o Museu da Farinha (S. Domingos – Santiago do Cacém), o Museu do Trabalho (Abela – Santiago do Cacém) e o Núcleo Rural de Ervidel (Aljustrel), tem como objetivo criar uma rede de partilha de conhecimentos e experiências que funcionam como espaço de trabalho que facilite, agilize e torne mais abrangente o trabalho realizado por estes museus.

Parceria com o Campo Arqueológico de Mértola

A investigação histórico-arqueológica e o programa museológico de Mértola baseou-se, desde a sua génese, numa forte parceria entre a Câmara Municipal de Mértola e o Campo Arqueológico de Mértola. 

Saída do anonimato, a vila de Mértola tem vindo a ser alvo de uma experiência que, embora alongada no tempo, permite já fazer um balanço positivo. Os benefícios têm vindo a tornar-se evidentes para a comunidade e os turistas que em número crescente nos visitam anualmente, têm a agradável surpresa de encontrar locais de interesse espalhados pelo interior do povoado e em circuitos culturais nas imediações.

A nossa intervenção em Mértola começou com a arqueologia, com uma arqueologia que, embora tivesse partido naturalmente de uma abordagem puramente universitária, muito cedo foi desviada para objectivos didácticos. Até então, o programa contava apenas com o trabalho voluntário e sazonal de uma equipa de voluntários, composta por alunos da Faculdade de Letras de Lisboa e que, de férias ou ao fim-de-semana iam fazendo intervenções no terreno, a fim de poderem retirar alguma informação. [...] Este movimento cíclico, de gente com outros hábitos e cultura que, de uma forma geral, não demonstrava o mínimo interesse em satisfazer a curiosidade das pessoas da terra, criou localmente uma certa estranheza, quando não uma quase completa indiferença.

Por isso, de muito cedo, logo nos primeiros anos, tentámos proceder de forma diferente. Desde os primeiros contactos com Mértola e por razões também de identificação política, sentimo-nos envolvidos na vida e interesses da comunidade. A escavação decorria no interior do aglomerado no local tido pelos habitantes como o seu ponto de referência colectiva, a sua alma comunitária - o castelo e toda a sua envolvência directa. Ao escavar no castelo, estávamos forçosamente a tocar no mais profundo da comunidade, despertando natural e inevitável curiosidade.  No decorrer das primeiras campanhas, aprendemos a justificar o nosso trabalho, ouvindo os comentários e, sempre que possível, a encontrar consensos.” (Cláudio Torres in, www.camertola.pt )

A Rede de Museus do Baixo Alentejo (RMBA)

A RMBA foi criada em 2011 e integra os Municípios de Almodôvar, Aljustrel, Alvito, Beja,
Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura, Serpa, Ourique, Vidigueira e o
Museu Rainha D. Leonor (Beja), tendo sido integrada na Comunidade Intermunicipal do Baixo
Alentejo (CIMBAL), em 2016. Os museus que a integram são caraterizados por uma
interessante diversidade temática e museográfica e apresentam caraterísticas semelhantes
ao nível da gestão e dos recursos.
A RMBA funciona como interlocutor privilegiado com as tutelas dos museus aderentes, de
forma a consciencializa-las para a necessidade de preservar, valorizar e divulgar o
Património, aqui entendido no seu sentido mais lato, sempre cumprindo com os princípios
básicos estabelecidos na legislação nacional e nas diretrizes internacionais. Pretende-se um
funcionamento desburocratizado que permita uma cooperação real e efetiva, que permita
racionalizar despesas e encargos e que defina estratégias comuns de funcionamento e de
melhoria nas unidades museológicas, com resultados ao nível do cumprimento das suas
funções e do estreitamento de relações entre museus e comunidade.
Entre as ações e projetos já desenvolvidos destacam-se as exposições itinerantes “Marcas do
Território – Testemunhos do Património no Baixo Alentejo” (2013 e 2014) e “Escrita no Baixo
Alentejo – Das origens aos nossos dias” (2017-2020), e a realização de 4 Encontros
temáticos em Castro Verde, Aljustrel, Mértola e Serpa.

Principais objetivos da RMBA:
- Qualificação, valorização e divulgação das unidades museológicas deste Distrito;
- Cooperação, parceria e articulação entre as unidades museológicas dos concelhos que
integrem a Rede;
- Otimização e rentabilização de recursos, principalmente em termos de meios humanos e da
realização de projetos comuns;
- Difusão da informação relativa aos museus da Rede;
- Promoção do rigor, ética e profissionalismo das práticas museológicas.

https://redemuseusbeja.blogspot.com
https://cimbal.pt

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Guia dos Museus do Baixo Alentejo

O Guia dos Museus do Baixo Alentejo é um roteiro que de forma sintética nos dá a conhecer os seus ex-líbris, museus imperdíveis que assinalam uma marca identitária de cada lugar. Museus do Baixo Alentejo é presenciar e testar humanidade, é aventura, ensejo e descoberta. É mundo, morada, narrativa que é caminho percorrido de geração em geração, é evolução, conhecimento e saber. É experimentar a brisa livre do ar que respiramos, escutar e testemunhar toda a sua envolvente panorâmica. A memória, os registos da História, são primordiais para o entendimento dos nossos comportamentos no passado, na atualidade e para com saber idealizarmos o Futuro.

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