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A experiência de investigação de Alexandre Bento no Museu de Mértola

Alexandre Bento, investigador a realizar Doutoramento no Instituto de Estudos Medievais (IEM), da faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, realizou entre 16 e 20 de outubro de 2023, nas instalações da Área Técnica do Museu de Mértola, um estudo de diversos materiais do acervo do Museu de Mértola, enquadráveis na sua investigação sobre a música e instrumentos musicais do período Islâmico. Aqui fica a sua opinião sobre a experiência com a equipa do Museu: “Dada a natureza da investigação doutoral que empreendo no âmbito da música e seus instrumentos durante o período islâmico, solicitei apoio ao Museu de Mértola. Do al-Andalus em território actualmente português quase nada resta excepto alguns fragmentos de tambor, assim como a musicologia quase só contempla cronologias a partir da expansão cristã e respectivos regimes latinizados. Deste modo, o potencial que a arqueologia nos tem vindo a proporcionar nas últimas décadas revela-se profícuo, ainda que só pontualmente investigado.
O apoio, disponibilidade e colaboração da Dra. Lígia Rafael e das técnicas do departamento foi deveras excecional e além das expetativas; para “estas coisas” não bastam competências técnicas como é sabido. Foi um apoio extraordinário quanto a acesso e organização dos materiais por exemplo, ou quanto à partilha de conhecimento técnico sobre os materiais arqueológicos de Mértola. Face ao muito reduzido grupo de pessoas que trabalha com os materiais arqueológicos, a organização dos materiais (e respetivas fichas por exemplo) e as competências que se operam no laboratório revelam-se muito aquém do expectável. Foi-me proporcionada uma excelente e profícua semana de apoio à investigação cujos resultados foram de extrema relevância, o que permitirá melhor conhecer (e divulgar junto de todos o públicos) a música, seus instrumentos, práticas e contextos em contexto do al-Andalus, nomeadamente em Mértola. Poderemos então melhor compreender o passado e as suas influências até aos nossos dias, oferecendo também ferramentas para a recriação de performances, para que possamos ouvir como seria a música dessa época.
Não posso terminar sem manifestar mais uma vez o meu agradecimento incondicional ao apoio da Dra. Lígia Rafael e das técnicas Nélia Romba e Rute Fortuna, tanto ao nível técnico e profissional, como humano. É deste conjunto de competências e através da colaboração e interdisciplinaridade que conseguimos produzir e partilhar novo conhecimento.”

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