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VI Encontro da Rede de Museus do Baixo Alentejo

VI Encontro da Rede de Museus do Baixo Alentejo

“A falar é que nos entendemos! A expressão oral como memória e património

Centro Interpretativo do Barranquenho – Barrancos – 12 de março de 2024

Realizou-se no dia 12 de março de 2024, na Vila de Barrancos, o VI Encontro da Rede de Museus do Baixo Alentejo, organizado em parceria com a Câmara Municipal de Barrancos e com o apoio da CIMBAL. O objetivo do Encontro foi o de abordar o património imaterial na vertente da documentação preservação da memória oral, com enfoque no Barranquenho e no Mirandês, contando com a participação dos investigadores Maria Victoria Navas Sánchez-Élez (Centro de Linguística da Universidade de Lisboa/Grupo de Investigação FRONTESPO), Maria Filomena Gonçalves (Universidade de Évora/CIDEHUS/Cátedra UNESCO em Património Imaterial e Saber-fazer Tradicional), Victor Diogo Correia (Universidade de Évora/CIDEHUS/FCT), Filipe Themudo Barata (Universidade de Évora/Cátedra UNESCO em Património Imaterial e Saber-fazer Tradicional), Ana Marta Nobre (Câmara Municipal de Moura), Alberto Gómez Bautista (Grupo de Investigação FRONTESPO/Centro de Línguas, Literaturas  e Culturas da Universidade de Aveiro) e Alfredo Cameirão (Presidente da Direção da Associaçon de la Lléngua i Cultura Mirandesa).

Na parte da tarde foi realizada uma visita guiada ao Museu Municipal de Arqueologia e Etnografia de Barrancos.

Resumos das comunicações:

María Victoria Navas Sánchez-ÉlezEl Patrimonio oral en Barrancos: la memoria española entre sus gentes

La presencia de habitantes de procedência española en tierras de Barrancos há sido una constante a lo largo de los siglos. Com ellos vino su lengua, su cultura, sus tradiciones y sus costumbres.

En esta ocasión, presentaremos el estado de la cuestión en lo que se refiere a los testimonios de literatura oral y tradicional de base española que han pervivido y perviven em dicha comunidade. Se trata de dar a conocer un hecho singular: el rico património no documentado ni en fuentes portuguesas, porque pertence a un legado español, ni recogido en fuentes espanõlas por estra localizado en território portugués.

Maria Filomena GonçalvesO que é e para que serve a ‘política linguística’?

O Barranquenho vem sendo objeto de uma série de medidas de “política linguística” explícita. A partir do que hoje se entende por “política linguística”, apresentaremos o trabalho em curso com vista à estandardização, grafização e normatização do barranquenho, processos de “planificação linguística” que implicam um trabalho com a/na comunidade linguística, envolvendo quer as autoridades locais, quer os detentores do património orla, os falantes do barranquenho. Mostrar-se-á que a política e a planificação linguística são determinantes para a preservação da memória e da cultura da comunidade de Barrancos.

Victor Diogo CorreiaSe “a falar é que nos entendemos”, falemos, então, da proposta de Convenção Ortográfica para o barranquenho (PCOB)

As bases da proposta de Convenção Ortográfica para o Barranquenho constituem um texto pioneiro, na medida em que desconhecemos qualquer outro texto prévio, que possa servir de modelo à codificação da Língua Barranquenha. Para tal elaboração, recorremos a fontes de natureza variada, como: a) breves exemplos de textos com grafias espontâneas; b) enquadramento sociolinguístico (recolhido na comunidade), repartido por vários inquéritos ao longo de anos e, c) recurso a modelos de codificação próximos, provenientes de outras línguas.

Chegados a esta plataforma de entendimento, a que denominamos Bases, cumpre, agora, fazer mais uma avaliação das propostas de grafia e proceder a reformulações, caso se apresentem necessárias, de acordo com a coerência interna/sistematização, próprias de uma convenção Ortográfica. A comunidade e seus representantes têm um papel decisor, relativamente a todas as escolhas de elementos gráficos e outros que se considerem pertinentes para a consecução da Proposta de Convenção Ortográfica para o Barraquenho.

Filipe Themudo BarataMuseus, centros de interpretação e institutos e a procura de uma estratégia de preservação da língua

Não são muito comuns as instituições de caráter museológico que procuram contribuir para a preservação de uma língua. Trata-se de tentar criar um espaço em que seja visível para a própria comunidade falante do valor da sua língua e da importância da sua defesa. Para lançar algumas hipóteses em relação ao barranquenho era útil fazer uma espécie de ponto de situação de alguns projetos e começar a apontar algumas linhas de ação.

Ana Marta NobrePensar o Intangível, valorizar o PCI – Museu Municipal de Moura

O Projeto “Pensar o Intangível” de Preservação e Valorização do património Imaterial do Concelho de Moura, desenvolvido pelo Setor de Museus e Património Histórico da Câmara Municipal de Moura, cuja implementação resultou da perceção da fragilidade sentida neste território em particular, no que respeita ao património Imaterial. É um projeto plurianual que aposta na continuidade, no despertar da comunidade sobre a importância do levantamento e valorização deste mesmo património.

Alberto Gómez BautistaA língua mirandesa no 25º aniversário da aprovação da Lei 7/99: situação atual, oportunidades e desafios

Apresentou a situação atual do Mirandês, fez um balanço dos últimos 25 anos (desde a entrada em vigor da Lei n.º 7/99, de 29 de janeiro – Reconhecimento oficial de direitos linguísticos da comunidade mirandesa) e abordou os principais desafios que ela enfrenta no futuro próximo.

Alfredo CameirãoMirandês, nome de língua

Apresentou o trabalho desenvolvido pela Associaçon de la Lléngua i Cultura Mirandesa – ALCM.

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